O governo cedeu e vai negociar mudanças no fator
previdenciário com as centrais sindicais. Embora continue dizendo que o fim
total do fator é pauta impossível, é o primeiro indicativo de retomada das
conversas.
O fim do fator é uma das principais pautas das centrais sindicais e foi
um dos pretextos para uma série de mobilizações pelo país no mês passado, a
reboque das manifestações. O índice reduz o benefício de quem se aposenta com
menos idade e sua extinção significaria prejuízo nas contas públicas.
Não há da parte do governo nenhuma intenção no fim puro e simples do
fator previdenciário. Isso causaria um impacto que não teria sustentabilidade.
Portanto, acho que a disposição da mesa de negociação é de encontrar uma
fórmula que permita implementar gradualmente, implementar de forma sustentável,
disse a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) se reuniu
nesta quarta-feira com representantes de entidades sindicais para discutir o
tema. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas,
atribuiu o resultado da conversa à pressão das últimas manifestações.
Qual vai ser o desfecho da negociação, não sabemos. Mas estávamos num
problema gravíssimo, porque o fim do fator é uma das nossas principais
reivindicações e não estávamos conseguindo que isso viesse para a pauta de
negociação. Hoje se abriu uma negociação sobre o fator e com uma mesa
específica para desencadear negociação em 60 dias, disse.
O fator previdenciário é regulado pela soma entre o tempo de
contribuição e a idade para a aposentadoria. Um dos pontos principais de
negociação deverá ser o que trata do fator 85/95 (mulher/homem). O fim do fator
foi negociado ainda durante o governo Lula, mas acabou vetado em 2010 pelo
ex-presidente e nunca mais debatido diretamente com o Palácio do Planalto.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
por Informe Diário da OAB Niterói
Pelo jeito a ideia é que temos que morrer trabalhando!
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